Teilhard de Chardin tinha um
discurso bastante próprio em torno de seus estudos, de modo que criou
neologismos e expressões específicas para designar seus conceitos.
Em suas ideias sobre a Evolução, Chardin
achava que todo o processo evolutivo ocorria em torno da Vida, no sentido de
fenômeno presente na cadeia evolutiva dos seres vivos.
Chardin estabeleceu o que chamou de
“Lei da Cefalização” ou da “Cerebralização” onde ele refere que:
“Em qualquer grupo animal, na
evolução, o Sistema Nervoso cresce, com o tempo, em volume e em ordenação e se
concentra na região anterior, cefálica...”
Chardin acentua o papel da “consciência”,
ou ainda da “auto-consciência” como fator singular e diferenciador do “ser
humano”, ou ainda da “espécie humana” em relação às outras espécies.
Ele também considera como “Ascensão
de Consciência” ou “Conscientização” o processo pelo qual a Consciência “se faz” de maneira correlata à Complexidade material crescente do Sistema Nervoso.
Chardin estabelece também três
termos: hominização, antropização e humanização.
Ele denomina “Hominização” ao
processo relativo à “capacidade de reflexão” do ser humano, onde “a Consciência
se dobra sobre si mesma”, ou seja, o ser humano passa a “saber que sabe”.
Correlaciona “Hominização elementar”
ao que ele também chama de “Passo da Reflexão”, como sendo uma forma de
procurar determinar o ponto de inflexão da passagem da vida animal não
reflexiva à vida humana reflexiva, e assim configurando o próprio aparecimento
e desenvolvimento do “Fenômeno Humano”.
“Antropização” é o termo que ele
utiliza para referir-se aos caracteres somáticos e traços corporais que
preparam e acompanham a Hominização.
“Humanização”, para Chardin, diz
respeito ao processo e ao esforço do ser humano realizar-se sobre si mesmo. Da “Humanização
Elementar” derivaria a humanização em geral, com as intenções humanas
penetrando o Universo. Assim, enquanto a “Hominização” diria respeito mais à “especiação”,
ou seja, à constituição da espécie humana, a humanização já seria
correlacionada ao processo propriamente cultural.
Voltando à questão da Evolução que, para Chardin se dá em
torno da Vida como fenômeno, também podemos assinalar que ele acha que o
processo evolutivo biológico se dá “em torno do neuroeixo”, ou seja, o Sistema
Nervoso “conduz” o sentido da própria Evolução.
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